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Câncer do aparelho digestivo
O câncer pode ocorrer em qualquer órgão do aparelho digestivo, e é, na imensa maioria das vezes, de tratamento cirúrgico, que consiste na retirada do órgão no todo ou em parte, e na reconstrução ou substituição do órgão retirado para restabelecer a função perdida. Alguns casos podem necessitar de tratamentos complementares com quimioterapia ou radioterapia.
Os tumores mais comuns do aparelho digestório são os do estômago e do intestino grosso, mas podem ocorrer no fígado, pâncreas, esôfago, vesícula biliar, baço, ou seja, em qualquer órgão abdominal.
A prevenção ainda é o melhor tratamento para os tumores, pois ainda não se conhece a origem e a causa para o aparecimento da maior parte desses tumores, e o tratamento quando iniciado nas fases iniciais da doença apresenta altos índices de cura, ao contrário dos tumores em fase avançada, onde a chance cura é bastante restrita.
Exames comuns como ultrassonografia, endoscopia digestiva e colonoscopia são capazes de detectar a grande maioria dos tumores do aparelho digestório, e o médico especialista saberá indicar a melhor forma de prevenção ou de tratamento em cada caso.
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Câncer de estômago é o segundo em número de óbitos no Brasil
Ocorrem todo ano no país 21000 casos novos dessa doença, com cerca 12000 óbitos. O câncer de estômago é mais comum a partir dos 50 anos. Pode surgir em pessoas com predisposição genética ou resultar do consumo exagerado de sal e de alimentos que contenham corantes, conservantes e outras substâncias, do tabagismo e da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. O câncer de estômago é o terceiro mais comum no país - superado pelo de pulmão e pelos ginecológicos, isto é, de mama e ovário - e o segundo entre os que mais matam, após o de pulmão. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorrem no país 21000 casos novos todo ano, com cerca de 12000 óbitos. A doença manifesta-se em homens e mulheres. Pode surgir a qualquer momento da vida, mas é mais comum a partir dos 50 anos. Pode formar-se em todo o órgão, porém é mais freqüente na porção final, chamada antro, onde se acumulam mais alimentos, ácidos e suco gástrico, agredindo os tecidos e favorecendo a formação do câncer.
Os tipos mais comuns são o adenocarcinoma e o tumor estromal, conhecido também como gist (gastrintestinal stromal tumor). O adenocarcinoma é o mais agressivo, ou seja, desenvolve-se e dá metástase rapidamente. Já o gist cresce devagar, porém também pode dar metástase.
O câncer de estômago pode aparecer em quem tem predisposição genética ou resultar de fatores ambientais como o consumo demasiado de sal e de alimentos defumados ou que tenham corantes, conservantes e outras substâncias químicas; dieta pobre em frutas, verduras e legumes e rica em gorduras animais; tabagismo; e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Sabe-se hoje que o estresse, a obesidade e o sedentarismo favorecem a formação desse tumor.
O grande problema é que, na fase inicial, em geral o câncer de estômago não produz sintomas, porque o órgão é grande e elástico. Muitas vezes eles só aparecem quando a doença já avançou. Os principais são: sensação de empachamento mesmo ao comer pouco; dor; fezes escuras em consequência de sangramentos; e vômitos, às vezes com sangue. À medida que o tumor cresce, o portador pode apresentar também emagrecimento, indisposição, fraqueza e anemia, em decorrência da deficiência na absorção de nutrientes.
Mas você pode baixar o risco de desenvolver câncer de estômago com algumas medidas básicas. Não consuma bebidas alcoólicas em excesso nem fume. Diminua o consumo de sal e de alimentos industrializados. Adote hábitos alimentares saudáveis, ou seja, aumente o consumo de verduras, frutas e legumes e diminua o dos ricos em gordura animal. Controle o peso e o estresse. Faça atividade física regularmente. Pessoas com história da doença na família, de outro lado, devem fazer também endoscopia a partir dos 40 anos. Quem não tem histórico familiar deve fazer o exame a partir dos 50 anos.
Pessoas com incômodos estomacais persistentes devem consultar logo um médico e fazer endoscopia. Câncer de estômago que é descoberto no início tem mais de 98% de chance de cura. Mas, se diagnosticado tardiamente, a possibilidade de cura cai bastante.
O tratamento inicial é sempre cirúrgico. No caso do adenocarcinoma, dependendo do estágio em que se encontra, retira-se parte do órgão ou todo ele e se passa para uma fase de observação. Só nos casos avançados se faz quimioterapia, mas os resultados são ruins. Quando se trata de tumor estromal, ou gist, também se retira parte do estômago. Para os casos avançados ou com alto risco de a doença voltar, há remédios, na forma de comprimidos, como o mesilato de imatinibe, que "reconhecem" as células tumorais e agem apenas sobre elas, com boa eficácia e baixa incidência de efeitos colaterais.
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Tumor Estromal Gastrointestinal - GIST
O GIST é considerado um tumor maligno, mais comum no estômago e intestino delgado, mas que pode aparecer ao longo de todo o trato alimentar, do esôfago ao reto.
Apesar de considerado sempre maligno, tem um comportamento em geral menos agressivo que os tumores mais comuns de estômago, apresenta crescimento lento e o índice de cura com os tratamentos atualmente disponíveis é bastante elevado, chegando a até 80% de chance de cura.
O seu tratamento é preferencialmente cirúrgico, ou seja, sempre que possível, devemos retirar parte ou todo o órgão comprometido pelo tumor para se ter melhores chances de cura.
Quanto mais precoce se fizer o diagnóstico e quanto menor for o tumor na ocasião do dagnóstico, maiores serão as chances de cura, portanto mesmo tumores considerados pequenos merecem consideração e acompanhamento rigoroso para que estas chances não se reduzam.
Mesmo nos casos em que a cirurgia não é possível por se tratar de tumores muito grandes, ou quando já há doença espalhada para outros órgãos, existem tratamentos com medicamentos de uso oral, que controlam bem a doença, reduzindo ou mantendo estável a progressão do tumorna maioria dos casos em tratamento, chegando à cura em alguns casos, permitindo assim a sobrevivência por longos períodos mesmo com a presença do GIST. Estes medicamentos fazem parte do novo grupo de drogas chamadas de terapia alvo, que são substâncias que reconhecem células específicas de cada tumor e atacam diretamente a célula selecionada, sem agredir as células normais, ao contrário do que ocorre com a quimioterapia. A mais conhecida e mais utilizada para o tratamento do GIST é o Imatinib (Glivec), que atua especificamente nas células do GIST e não tem ação sobre os outros tipos de tumor do aparelho digestivo.
Portanto, na suspeita ou diante do diagnóstico de GIST, é sempre importante procurar auxílio médico especializado para se fazer um acompanhamento e tratamento adequado, que pode ser curativo em grande parte das vezes.
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