Obesidade
A obesidade é motivo de diversos estudos hoje devido ao grande crescimento na sua incidência em todo o mundo, e é definida de acordo com um índice criado levando-se em consideração o peso em relação à altura do indivíduo, denominado Índice de Massa Corpórea, ou IMC, que é obtido dividindo-se o peso do indivíduo em kilos pela sua altura elevada ao quadrado, em metros.
Aumento de doenças associadas:
- Diabetes
- Hipertensão
- Doenças cardiovasculares (infarto, derrame)
- Hiperlipidemias (colesterol alto)
- Doenças aritculares
- Colelitíase (pedra na vesícula)
- Hipoventilação (dificuldade para respirar, falta de ar)
- Apnéia do sono
- Adaptação Psicossocial
Risco aumentado de Câncer :
- Útero
- Vesícula biliar
- Colo uterino
- Intestino grosso
- Ovário
- Mama
- Próstata
Aumento de Mortalidade:
- Obesos morrem mais cedo (12 vezes mais cedo)
- 8 vezes maior em diabéticos
- 4 vezes maior em doenças digestivas
- 4 vezes maior em doenças cardiovasculares
- Outras
Isolamento Social?
Preocupação puramente estética?
Redução de problemas de saúde relacionados à obesidade?
A obesidade é motivo de diversos estudos hoje devido ao grande crescimento na sua incidência em todo o mundo, e é definida de acordo com um índice criado levando-se em consideração o peso em relação à altura do indivíduo, denominado Índice de Massa Corpórea, ou IMC, que é obtido dividindo-se o peso do indivíduo em kilos pela sua altura elevada ao quadrado, em metros.
IMC = peso (em kg) dividido pela altura (em m) elevada ao quadrado.
A partir do IMC, podemos definir se a pessoa está dentro da faixa de peso normal ou acima, de acordo com a tabela abaixo:
IMC | Classificação |
menor que 20 | Baixo Peso |
entre 20 e 25 | Normal |
entre 26 e 30 | Sobrepeso |
entre 31 e 40 | Obesidade |
maior que 40 | Obesidade Mórbida |
Nos Estados Unidos, 80% dos americanos apresentam peso acima do normal. Na América Latina, 40% da população está acima do peso normal, e no Brasil, 20% das crianças estão acima do peso ideal.
Estima-se que no Brasil existam 2 milhões de pessoas com diagnóstico de obesidade mórbida, também conhecida como super obesidade, responsável por um aumento significativo nas doenças associadas à obesidade.
O tratamento da obesidade pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da aceitação por parte do paciente, da adesão ao tratamento e do perfil de cada indivíduo.
O tratamento da obesidade pode ser clínico ou cirúrgico, e sua indicação vai depender de vários fatores, como o grau de obesidade, o perfil psicológico do indivíduo, a disposição para se submeter a determinado tratamento, entre outros.
O tratamento clínico é baseado em dietas com restrição de calorias, moderadores de apetite ou fórmulas contendo combinações de medicamentos com efeito emagrecedor.
O tratamento cirúrgico baseia-se em duas modalidades distintas, em que se pode ou restringir o tamanho do estômago, as chamadas cirurgias restritivas, ou diminuir a absorção dos alimentos ingeridos reduzindo-se o tamanho do intestino, as chamadas cirurgias disabsortivas.
Existe ainda a combinação das duas modalidades na mesma cirurgia, chamada de técnica mista.
Os dois tipos de tratamento, clínico ou cirúrgico podem apresentar bons resultados e têm vantagens e desvantagens, e a decisão deve ser discutida em conjunto com seu médico, seus familiares, e deve ser individual a cada pessoa, não existindo uma fórmula única para todos.
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A cirurgia bariátrica é um procedimento de alto risco, e necessita cuidados pré-operatórios bastante criteriosos.
É necessária uma avaliação cardiológica, pulmonar e clínica para detectar possíveis doenças associadas que podem aumentar o risco de complicações no intra e no pós-operatório.
O perfil psicológico do indivíduo é muito importante e pode interferir de maneira significativa no resultado pós-operatório, portanto é importante que se tenha uma avaliação psicológica antes de se submeter ao tratamento cirúrgico.
Avaliação nutricional é outro fator de fundamental importância no pré e pós-operatório, pois vai ser o fator determinante para um bom resultado no tratamento da obesidade, e a dieta deve ser bastante rigorosa no pós-operatório a fim de evitar complicações e diminuir as chances de um mau resultado.
Portanto, é importante que a equipe médica responsável pelo tratamento da obesidade possua uma equipe multidisciplinar, com profissionais capacitados em todas as áreas correlacionadas para poder oferecer o tratamento adequado ao paciente submetido ao tratamento da obesidade.
O preparo prévio criterioso, realizado durante as avaliações pré-anestésicas, a utilização de equipamentos sofisticados de monitorização, a disponibilidade de um amplo e moderno arsenal terapêutico estão associados à uma redução significativa dos riscos de complicações nas últimas décadas. Porém há riscos que podem estar relacionados ao estado de saúde prévio do paciente, doenças pré existentes (como diabetes, problemas respiratórios, cardíacos, alergias, etc) e à complexidade da cirurgia.
Tipos de Cirurgia
By Pass gástrico
A técnica mais freqüentemente utilizada no Brasil é a cirurgia chamada Gastroplastia redutora com Bypass gástrico, popularmente chamada de By pass, que consiste em reduzir o volume do estômago através de gramepadores, e ao mesmo tempo reduzir o tamanho do intestino em aproximadamente 20%, provocando assim uma capacidade de volume de comida ingerida menor que o normal e reduz a absorção dos alimentos ingeridos.É a cirurgia que apresenta os melhores resultados em termos de perda de peso e manutenção de peso a longo prazo sem grandes alterações nutricionais como as cirurgias disabsortivas, e oferece excelente controle de doenças como diabetes melitus e hipertensão arterial. Porém, pela alteração do intestino, pode provocar deficiências nutricionais a longo prazo se não for bem controlada, exigindo o uso de suplementos como multivitamínicos, ferro, vitaminas para o resto da vida
Sleeve - gastrectomia vertical
A cirurgia restritiva mais comumente realizada é a Banda Gástrica Ajustável, em que se coloca um anel de silicone inflável em torno do estômago, que fica com seu volume reduzido a aproximadamente 50 ml, e pode ser ajustado para mais apertado ou menos, de acordo com a adaptação do indivíduo, o que provoca redução do volume de comida ingerido, levando à perda de peso.
Essa técnica traz a vantagem de ser totalmente reversível em caso de necessidade ou não adaptação pelo paciente, porém o resultado em termos de perda de peso em geral é inferior aos outros métodos descritos a seguir.
Cirurgia Disabsortiva
A cirurgia disabsortiva mais conhecida foi por muito tempo a técnica de Scopinaro, que reduz parcialmente o tamanho do estômago, mas o indivíduo consegue comer quantidades normais de comida nas refeições.
Ao mesmo tempo, reduz-se o tamanho do intestino delgado, responsável pela absorção do alimento ingerido, em aproximadamente 85 a 90% do tamanho original, o que vai provocar uma má-absorção dos alimentos e conseqüentemente perda de peso. Porém devido à grande perda de nutrientes, ocorriam muitos casos de desnutrição grave e atualmente é muito pouco realizada. Outra alternativa mais recente é a chamada duodenal switch, que também é pouco indicada (menos de 2% do total de cirurgias nos EUA)